USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA


Resumo

Baseando-se na história da tecnologia educacional e em uma análise
Fazemos uma relação entre ser humano - máquina - realidade, examina usos das novas tecnologias da informação caracterizados como inovação conservadora em educação, como também aspectos da comunicação na sala de aula que podem ser transformados, ampliados ou reduzidos com os recursos da informática


História da Tecnologia Educacional

Ao tratarmos de novas abordagens de comunicação na escola, mediadas pelas novas tecnologias da informação, estamos tratando de Tecnologia Educacional. O primeiro estudo sobre o uso de novas linguagens tecnológicas na sala de aula foi realizada a partir de 1920 nos EUA por Larry Cuban. O pesquisador estudou a introdução do rádio, filme, TV e computador em escolas norte-americanas, abrangendo a literatura desde o início deste século até meados da década de oitenta.
Sua principal conclusão é que o uso de artefatos tecnológicos na escola tem sido uma história de insucessos, caracterizada por um ciclo de quatro ou cinco fases, que se inicia com pesquisas mostrando as vantagens educacionais do seu uso. Após algum tempo são lançadas políticas públicas de introdução da nova tecnologia nos sistemas escolares, terminando pela adoção limitada por professores, sem a ocorrência de ganhos acadêmicos significativos. Em cada ciclo, uma nova seqüência de estudos aponta prováveis causas do pouco sucesso da inovação, tais como falta de recursos, resistência dos professores, burocracia institucional, equipamentos inadequados.

Após algum tempo tenta-se introduzir novamente essas novas tecnologias nas escolas, com seus defensores argumentando que foram aprendidas as lições do passado, que os novos recursos tecnológicos são mais poderosos e melhores que os anteriores, podendo realizar coisas novas, conforme
demonstram novas pesquisas.

No Brasil a introdução de recursos tecnológicos nas escolas teve uma maior resistência. Também houve uma política de rádio na educação, seguida de outras com grandes investimentos nas televisões educativas em todo o país, sempre acompanhadas de discursos inovadores. No início dos anos oitenta iniciaram-se as primeiras políticas públicas em informática na educação. O primeiro projeto de âmbito nacional priorizou a pesquisa, dotando cinco universidades públicas com verbas do Projeto EDUCOM, que não chegou a atingir muitas escolas, mas produziu um bom contingente de recursos humanos nas instituições beneficiadas


A nível nacional, o uso dessas tecnologias na educação tem numa visão geral tem sido otimista. Com o término do EDUCOM, foi lançado um programa de Centros de Informática Na educação nos estados, CIEDs, considerado um sucesso por alguns, mas que na realidade praticamente não afetou as salas de aula na grande maioria do país.

Atualmente estamos vivendo um outro estágio, com uma política federal de se colocar 100 mil computadores em escolas públicas e treinar 25 mil professores em dois anos, através do projeto PROINFO cujo ponto divergente de políticas passadas é a intenção de se alocar quase metade do dinheiro para formação de recursos humanos, procurando evitar os erros cometidos em programas deste mesmo governo como o vídeo escola, onde a ênfase maior foi na
colocação de equipamentos nas escolas.

Enfim, apesar de ter havido avanços significativos , algumas falhas desta política já podem ser notadas, como a não utilização adequada desses recursos na escola, ou mesmo a falta de treinamento eficaz dos professores. O que se pode notar é que alguns deles não tem nenhum conhecimento prévio do uso dessas tecnologias. Nesse caso não podemos colocar a culpa apenas no nas políticas educacionais. Mais o próprio professor tem uma parcela de culpa nesse caso. Pois o professor precisa se manter atualizado o mínimo possível, sendo inadmissível que um professor num mundo globalizado e informatizado que estamos inserido ainda hoje desconheçam o básico dessas tecnologias.




Bibliografia:


CUBAN, L. (1986). Teachers and Machines: The Classroom use of Technology Since 1920. NY, Teachers College Press

VALENTE, J, Almeida, F. (1997). Visão Analítica da Informática na Educação no Brasil: A Questão da Formação do Professor. Revista Brasileira de Informática na Educação.(SBC-IE, UFSC), n. 01, setembro 1997, pp.45-60.

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Alunos do Curso de Licenciatura em História, da Faculdade de Tecnologia e Ciências(EAD)
UP: Santo Amaro/BA.